M Sica Est Tica E Linguagem Em Wittgenstein

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Música, Estética e Linguagem em Wittgenstein

"A música, em Wittgenstein, como propusemos, demonstra também a importância que o filósofo dá ao aspecto relacional e à forma, pois ela pode ser pensada sob a forma lógica em uma perspectiva essencialista, sob a não forma do inefável na perspectiva ético-metafísica e sob a forma de vida na perspectiva pragmática. Acreditamos que há, de fato, um pensamento musical em Wittgenstein imbricado ao seu pensamento sobre a linguagem, que não só busca esclarecer suas reflexões linguísticas, mas também permite pensar a música a partir deste. E pensar a música a partir da filosofia de Wittgenstein é colocar em prática a própria metodologia do filósofo, aquela presente nas Investigações Filosóficas. É romper com a univocidade e o dogmatismo. É se debruçar sobre um objeto e nele refletir sobre suas nuances que podem se apresentar de um modo ou de outro, afinal, há sempre um ver assim e um ver de outra maneira. Pensar a música na obra e a partir da obra de Wittgenstein é, de fato, colocar em prática aquilo que o filósofo denominou ver aspectos".
WITTGENSTEIN

Há 100 anos, em um pequeno texto de aproximadamente 80 páginas, Wittgenstein apresentava toda a problemática de sua filosofia, tecendo comentários sobre a natureza do mundo, da lógica, da matemática e da essência da linguagem, além de algumas considerações a respeito da natureza da filosofia, da filosofia da ciência, da ética, da religião e do místico. O que chama atenção nesta obra, para além das questões fundamentais, é o estilo de escrita utilizado por ele. Ainda que considerada exótica para os padrões exigentes da época, ela constitui um dos poucos destaques da prosa filosófica alemã. Sua forma de escrever corresponde a sua visão de mundo, às exigências de clareza e exatidão, assim como na boa música, onde cada nota precisa estar no lugar certo. Tudo isto se aplica com mais propriedade ao Tractatus Logico-Philosophicus, pois é nessa obra que os elementos principais que caracterizam a escrita Wittgensteiniana atingiram o mais elevado grau de aperfeiçoamento e simetria arquitetônica. Ao adotar o aforismo como estilo de escrita, Wittgenstein não estava apenas afrontando diretamente o modelo vigente em sua época, mas, antes, estava sendo fiel às suas próprias convicções, ou seja, seguindo sua própria natureza artística. O aforismo faz alusão à exata afinação do timbre de sua voz; tudo o que estivesse fora dessa perspectiva deveria ser abandonado, pois poderia ser prejudicial a sua "afinação", sendo causa de erro e tormento. Ramsey, Frege, Fann, Black e Stroll foram unânimes em classificar o Tractatus como uma das obras mais desafiadoras da filosofia. Com isso, Wittgenstein exemplifica, não somente em sua obra escrita, mas em sua própria personalidade, como é a filosofia: difícil e profunda.
Arte Descomposta - Stanley Cavell, a estética e a filosofia

Toda a obra de Stanley Cavell, seja o seu tópico o teatro de Shakespeare ou de Beckett, o cinema de Hollywood, a escultura de Caro ou a desconstrução de Derrida, assenta sobre as filosofias da linguagem de Wittgenstein e Austin, e sobre a visão que nestas se encontra da vida dos animais humanos na linguagem e na cultura. Por trás da pergunta «O que é a arte?» encontram-se assim, em Cavell, perguntas como: Como se dá a entrada na linguagem? O que é falar em nome próprio? Como é possível escapar à inexpressividade? O que é falar por outros, com quem consentimos associar-nos? O que é reconhecer os outros, ser reconhecido por eles, ou reconhecer uma comunidade? Que responsabilidade tenho eu pela forma como a linguagem significa? O que é consentir e dissentir? Como se chega a ter, não apenas uma voz própria, mas uma voz capaz de articular algo de novo, por exemplo de artisticamente novo? Como pode essa voz alguma vez ser partilhada?